Tremembé: veja quem são os criminosos famosos que já passaram pela penitenciária

Brasil Post
De Cleber Facchi

Com a recente prisão do médico Roger Abdelmassih - condenado a 278 anos por 52 estupros e quatro tentativas de abuso contra 39 mulheres em sua clínica, na capital paulista –, a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, no município de Tremembé, volta a ser o centro das atenções.

Organizado em quatro unidades e contando com um espaço para receber até 1.500 presos, o presídio localizado a 140 da cidade de São Paulo é a morada de alguns dos criminosos mais famosos do Brasil.

De condenados por homicídio (Francisco de Assis Pereira), a contrabandistas (Law Kin Chong) e indivíduos relacionados ao tráfico de drogas (Edinho), a penitenciária é o principal destino para aqueles que não podem conviver com outros detentos em virtude da popularidade de seus crimes.

Na galeria abaixo, montamos uma seleção com alguns dos criminosos mais conhecidos que já passaram ou que ainda continuam presos em Tremembé.


Roger Abdelmassih
A 140 km da capital paulista, a cidade de Tremembé abriga um complexo penitenciário com mais de 5 mil presos. Entre eles, estão os envolvidos de alguns dos casos que mexeram com a opinião pública. O mais recente deles é Roger Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, que foi preso no último dia 17 sob acusações de estupro e atentado violento ao pudor contra suas



Suzane von Richthofen e Irmãos Cravinhos
Mantida também na penitenciária feminina, Suzane von Richthofen foi condenada pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002. No mês de maio deste ano, ela pediu o benefício do regime semi-aberto. No entanto, em agosto, a Justiça suspendeu o processo após matérias veiculadas na imprensa sobre ela ter um perfil no Twitter. Cristian e Daniel Cravinhos, também condenados pelo crime, estão na P2



Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
Condenados em 2010 pela morte de Isabella Nardoni, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá também fazem parte do grupo de presos famosos de Tremembé (147 km de São Paulo).



Edinho
Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho do rei Pelé, foi acusado de envolvimento com o tráfico de drogas em 2005. O ex-goleiro do Santos ficou em Tremembé por seis meses, antes de conseguir um habeas corpus. Em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retirou a acusação sobre o filho do Rei. Em 2014, Edinho voltou a ser preso, condenado a 33 anos por lavagem de dinheiro.



Lindemberg Alves
Lindemberg Alves, mais um presidiário de Tremembé, responde pelo homicídio duplamente qualificado de Eloá Cristina Pimentel (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), mais duas tentativas de homicídio (contra Nayara Silva e um sargento da Polícia Militar), além de cárcere privado e disparo de arma de fogo.



Mateus da Costa Meira
Mateus da Costa Meira, estudante de medicina, matou três pessoas e feriu outras cinco com uma submetralhadora numa sala de cinema do Shopping Morumbi, em São Paulo, em 1999. Ele foi condenado a 110 anos de prisão em 2004 e teve sua pena reduzida para 48 em 2007.



Elize Matsunaga
Levada para Tremembé em 2012, Elize Matsunaga é a responsável pela morte, esquartejamento e ocultação do cadáver do empresário Yoki Marcos Matsunaga.



Marcos Valério
Marcos Valério ficou na prisão de outubro de 2008 a janeiro deste ano, quando recebeu um habeas corpus do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Valério, também é acusado de ser o articulador do mensalão, esquema pelo qual está sendo processado no STF. Ele estava preso por suspeita de ter intermediado uma negociação para corromper policiais federais e favorecer uma cervejaria.



Francisco de Assis Pereira
Mais conhecido como o "Maníaco do Parque", Francisco de Assis Pereira está preso em Tremembé desde 1998. Em 2002 ele foi condenado a 121 anos e oito meses de prisão pela morte e estupro de sete mulheres em São Paulo.



Edemar Cid Ferreira
Ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira é acusado de crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele teria quebrado o Banco Santos, do qual era o principal gestor, e dado um desfalque na instituição no valor de R$ 2,9 bilhões, com grandes prejuízos para 700 clientes, sobretudo empresas. Ficou preso em Tremembé por pouco mais de 10 dias, em dezembro de 2006.



Law Kin Chong
Considerado um dos maiores contrabandistas do Brasil, Law Kin Chong, responde a processo por lavagem de dinheiro, contrabando, evasão de divisas e sonegação fiscal. Ele é dono de shoppings populares na região da rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo. Segundo a polícia, os locais seriam usados como depósito e revenda de produtos contrabandeados. Em 2004, foi preso por corrupção ativa, sendo solto apenas em 2007, quando deixou o Instituto Penal Agrícola (IPA), na cidade de Bauru, a 343 km de São Paulo. No fim desse ano, ele foi preso mais uma vez, em flagrante, pelos crimes de contrabando e descaminho. De novembro a março de 2008, ele ficou em Tremembé.



Gil Rugai
Gil Rugai foi acusado de matar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, em março de 2004.



Pimenta Neves
Condenado a 19 anos, dois meses e 12 dias de prisão em maio de 2006 pelo homicídio da namorada Sandra Gomide, o jornalista Pimenta Neves segue desde 2013 em regime semi-aberto.

Fonte: Brasil Post